Em Nietzsche a expressão
“morte de Deus” tem um sentido simbólico. Refere-se à crença do homem em Deus e
a tudo o que se vincula a essa relação. Uma crítica à própria história do
pensamento humano, fundamentada na equivocada interpretação socrático-platônica
do mundo, baseada no dualismo platônico, ou seja, de que existe um mundo dual,
dividido entre o mundo das ideias (razão) e o mundo sensível (das coisas). Essa
interpretação influenciou, determinou mesmo o modo de pensar ocidental,
inclusive o cristianismo. É a morte desse mundo e dessa ética baseada na razão
e depois com, o cristianismo, em Deus que Nietzsche anuncia. A morte do que ele
chamava de ética dos escravos que era a própria negação da vida. A negação dos
sentidos em função da razão, do que não existe. Com a “morte de Deus” os
valores devem, em Nietzsche, se fundamentar no homem, que deve criar a vida e
novas fontes de existência.
Apesar do ainda grande
número de grupos religiosos fundamentalistas que continuam provocando as
chamadas guerras santas pelo mundo, com certeza o mundo é hoje muito mais laico
do à época em que Nietzsche viveu. Esse fato demonstra a atualidade de seu
pensamento. Os movimentos, de caráter global, em torno dos direitos dos
homossexuais, por exemplo, provam isso.
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