Os filósofos medievais se ocuparam em conciliar a fé e a razão, com predominância da primeira. Todo o conhecimento deveria emanar da Escritura Sagrada. A ciência, dessa forma, não deveria estudar a natureza, mas explicar as verdades teológicas. Nenhum conhecimento poderia ser produzido em contradição com a verdade revelada. O principal papel da filosofia era embasar os dogmas religiosos. Em outras palavras, a ciência não era autônoma. O renascimento trouxe autonomia à ciência e o conhecimento passou a espelhar essa liberdade do homem de pesquisar e conhecer livremente a natureza sem os grilhões impostos pelos dogmas religiosos. Houve, portanto, a passagem de um pensamento medieval teocêntrico para o pensamento antropocêntrico do Renascimento. O conhecimento deixou de emanar da Santa Escritura. A verdade deixou de ser estática e revelada e passou a ser fruto dos avanços da ciência que teve um desenvolvimento muito mais efetivo e rápido a partir do Renascimento.
Filosofia