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Mostrando postagens de 2015

Esparta x Atenas: duas filosofias de vida, dois sistemas educacionais.

            O objetivo deste texto é sintetizar as principais diferenças entre as póleis de Esparta e Atenas, na Grécia Antiga, especialmente no que se refere aos seus respectivos sistemas educacionais, e a relação destas diferenças com o desenvolvimento da Filosofia.              A Civilização Grega se forma na Península Balcânica, a partir da Civilização Creto-Micênica, que desenvolve a base da língua e da mitologia grega (séculos XX a.C a XV a.C.). Entre os séculos XIV a.C. e XII a.C., o povo Dório, também de origem Micênica, expulsou os Creto-Micênicos para o norte da Península Balcânica (região montanhosa). Ocorreu, então, a chamada primeira diáspora grega. O povo Creto-Micênico dividiu-se em muitos e pequenos povoados, isolados e independentes, mas com a mesma língua e mesma religião; em outras palavras, com a mesma cultura. Com o crescimento e desenvolvimento desses povoados, que se tornaram os chamados “demos”, ocorre a segunda diáspora grega. A falta de terras leva os grego

Diferenças entre o pensamento mítico e o filosófico

O pensamento mítico é uma forma de explicação e compreensão da realidade. Toda a sociedade, desde as mais primitivas, possuem seus mitos, que são narrativas, passadas de geração para geração, contendo elementos que podem ser utilizados na explicação de fenômenos naturais ou na prescrição de condutas morais. Os mitos podem ser apresentados como elaborados por ancestrais antigos, indivíduos extraordinários ou por seres ou poderes sobrenaturais. Os mitos possuem as seguintes características: - são fantasias, alegorias explicativas da realidade. Representações simbólicas e não exatas da realidade. - são maleáveis. Sua narrativa não é fixa, podendo variar de acordo com os objetivos de quem faz a narrativa. Como passam de geração para geração, vão sendo alterados com o tempo. - o mito utiliza elementos sobrenaturais para a explicação dos fenômenos naturais. Quando não há possibilidade de explicação racional para um evento, o mito como explicação sobrenatural é uma forma de amenizar

A Teoria do Conhecimento e os Filósofos Medievais e Modernos (uma brevíssima síntese)

Os filósofos medievais se ocuparam em conciliar a fé e a razão, com predominância da primeira. Todo o conhecimento deveria emanar da Escritura Sagrada. A ciência, dessa forma, não deveria estudar a natureza, mas explicar as verdades teológicas. Nenhum conhecimento poderia ser produzido em contradição com a verdade revelada. O principal papel da filosofia era embasar os dogmas religiosos. Em outras palavras, a ciência não era autônoma. O renascimento trouxe autonomia à ciência e o conhecimento passou a espelhar essa liberdade do homem de pesquisar e conhecer livremente a natureza sem os grilhões impostos pelos dogmas religiosos. Houve, portanto, a passagem de um pensamento medieval teocêntrico para o pensamento antropocêntrico do Renascimento. O conhecimento deixou de emanar da Santa Escritura. A verdade deixou de ser estática e revelada e passou a ser fruto dos avanços da ciência que teve um desenvolvimento muito mais efetivo e rápido a partir do Renascimento.

Parmênides x Heráclito: visões do universo.

           A divergência entre o pensamento de Parmênides e de Heráclito se dá em relação à questão da mobilidade ou imobilidade do universo.             Para Parmênides (530 – 460 a.C.) as coisas do universo são imutáveis. As coisas são o que são, sempre iguais, não estão sujeitas a qualquer tipo de mudança. O filósofo sintetiza este conceito na frase: “o ser é e o não ser não é”. Sendo o ser o que efetivamente existe, o não ser não existe. Na Teoria do Conhecimento o desdobramento desse conceito é que apenas o que existe pode ser conhecido, ou seja, identificado por nossa razão. O pensamento do que existe chega a coincidir com a própria coisa que existe. As demais percepções e experiências sensuais não são confiáveis, já que sempre podem se tratar de meras ilusões. Não há, portanto, no pensamento de Parmênides, mudança no universo. O dia não se transforma em noite. O dia é e a noite é. São coisas diferentes e imutáveis. O dia é sempre dia e a noite sempre noite. Esse conceit

FATORES SÓCIO-CULTURAIS COMO OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO

FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO – FECAP CENTRO DE ESTUDOS ÁLVARES PENTEADO – CEAP CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA FATORES SÓCIO-CULTURAIS COMO OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO JOÃO GILBERTO PARRAS BENITEZ ORIENTADOR: PROF. DR. JASON TADEU BORBA São Paulo 2001 FUNDAÇÃO ESCOLA DE COMÉRCIO ÁLVARES PENTEADO – FECAP CENTRO DE ESTUDOS ÁLVARES PENTEADO – CEAP CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA FATORES SÓCIO-CULTURAIS COMO OBSTÁCULOS AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO BRASILEIRO Monografia apresentada ao Centro de Estudos Álvares Penteado da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado como trabalho final do curso de Pós-Graduação em Economia JOÃO GILBERTO PARRAS BENITEZ ORIENTADOR: PROF. DR. JASON TADEU BORBA São Paulo 2001 INTRODUÇÃO Os estudos ligados à área do desenvolvime