A
Escolástica compreendeu o lapso entre os séculos VIII e XVI, aproximadamente. O
maior pensador desse período foi, sem dúvida, São Tomás de Aquino. Dentre as
várias subdivisões possíveis da Escolástica, uma a divide em três fases,
tomando como ponto central exatamente esse pensador. A Escolástica, dessa
forma, pode ser dividida em pré-tomista, tomista e pós-tomista.
O
trabalho de Severino Boécio, que traduziu e comentou a obra de Aristóteles,
influenciou profundamente, o ocidente latino medieval e, portanto, toda a
Escolástica. É conhecido, ao mesmo tempo, como o último dos padres latinos
(Patrística) e o primeiro Escolástico.
Os
Escolásticos, a partir dos trabalhos de Boécio, se apoiaram na filosofia de
Aristóteles, especialmente a sua lógica, a dialética e a metafísica para
resolver questões da teologia cristã. Em outras palavras, a intervenção da
razão para fundamentar a fé nas verdades reveladas.
A
questão dos universais, em Aristóteles, por exemplo, foi debatida ao
longo de toda a Escolástica entre os ultrarrealistas, os realistas moderados
(S. Tomás de Aquino) e os nominalistas (G. Ockham).
São
Tomás de Aquino procurou, através da razão, provar a existência de Deus,
utilizando-se do conceito aristotélico do “motor primeiro”, ou seja, da
ideia de que não há causa sem efeito. Retrocendendo ao início dos tempos,
concluiu que o único ente que não tem causa ou, ainda, que é a causa de sí mesmo é
Deus.
Outro
conceito aristotélico explorado por Tomás de Aquino é o de ato-potência que
embasa o seu entendimento de corpo e alma. No homem o corpo responde pelos
sentidos enquanto que a alma pela razão.
Posteriormente
a Filosofia Aristotélica, com o esgotamento do Pensamento Escolástico, acabou
por influenciar também o período seguinte e os primórdios da ciência
experimental.
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